PDT gaúcho deve lançar candidato próprio ao Palácio Piratini
15 de abril de 2013
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Tese da candidatura própria do PDT para a disputa do Palácio Piratini tem prevalecido nos encontros regionais do partido no Rio Grande do Sul comandados pelo presidente regional do PDT, Romildo Bolzan (foto)
Por Alexandre Leboutte - Está cada vez mais claro entre os pedetistas o cenário para a sucessão estadual do próximo ano: o PDT vai ter candidato ao Palácio Piratini. Na quinta reunião que vem debatendo o tema com os filiados em todo o Estado - serão 38 encontros até outubro -, ocorrida no sábado em Camaquã, a tese de candidatura própria foi majoritária, como nas anteriores, realizadas desde o início do mês em Gravataí, Erechim, Passo Fundo e Pelotas.
“Há uma forte tendência de candidatura própria”, reconhece o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan Júnior. “Ao final desse processo de 38 encontros vamos ter um encontro definitivo. As conclusões que estamos tirando balizarão todas as definições, como a política de alianças. É lógico que, havendo candidatura própria não teremos outra coisa a fazer senão entregar os cargos no governo Tarso Genro (PT)”, adianta Bolzan.
De acordo com o presidente estadual do PT, deputado Raul Pont, a intenção do governador e do partido é a de manter a atual coalizão em torno do projeto que deverá ter Tarso como candidato à reeleição. “Nas conversas que fizemos com os aliados, propusemos que permaneçam conosco. Mas todo o partido tem o direito de ter candidatura própria, afinal, são dois turnos”, observa Pont, contando com a união no segundo turno caso não seja possível realizá-la no primeiro.
Mas a prioridade é buscar a aliança já no primeiro turno, revela Pont, que esteve reunido com Bolzam recentemente. “Estamos propondo que permaneçam na coligação conosco, com a possibilidade de assumir a vaga do senado ou de vice, dependendo das discussões com os demais aliados. Mas pela proximidade política, pelos compromissos que temos em vários municípios e pela identidade no plano nacional, no qual o Bolzan já nos colocou que a tendência é de que estejam com a presidente Dilma Rousseff (PT) (na reeleição ao Palácio do Planalto), achamos que deveríamos estar juntos no plano estadual”, justifica Pont .
No encontro realizado em Camaquã, três pedetistas se apresentaram como pré-candidatos ao governo do Estado. O deputado federal Vieira da Cunha; o secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta; e o secretário estadual de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe.
“Coloco meu nome como pré-candidato agora, mas garanto que se for a vontade do partido, estarei pronto na convenção partidária para disputar o governo do Estado”, declarou Vieira. Motta defende a necessidade de um projeto que atualize as referências históricas de Getúlio Vargas, Jango e Leonel Brizola, através de um discurso moderno. “O crescimento do nosso projeto político passa por esse posicionamento em 2014”, alega. Já Sehbe entende que o discurso deve sintetizar o anseio das comunidades, especialmente em temas como segurança pública, educação e infraestrutura.
Bolzan percebe que a força eleitoral do partido ampliou-se nas eleições municipais do ano passado, inflando a vontade de candidatura própria ao Palácio Piratini. “Estamos organizados em todo o Rio Grande do Sul, com a responsabilidade de administrar 24% do PIB gaúcho em prefeituras como Porto Alegre e Caxias do Sul, isso nos capacita para apresentar o nosso projeto de governo para a sociedade na eleição estadual do próximo ano”, avalia o presidente estadual.
Bancada estadual cobra coerência
A bancada estadual do PDT também acompanhou os debates sobre os rumos do partido na disputa de 2014, em Pelotas, na sexta-feira, e em Camaquã, no sábado. O líder da bancada, deputado Gerson Burmann, entende que a candidatura ao Palácio Piratini é estratégica para viabilizar 2018, mas pede coerência para uma eventual coligação. “Nesse caso, temos que continuar alinhados com o PT”, referindo-se a presença do PDT no governo de coalizão de Tarso Genro, com três secretarias e a vice-presidência do Banrisul.
A deputada Juliana Brizola também apoia a candidatura, mas mantém a linha crítica de cobrança de um projeto mais definido do partido e atuação vigorosa nas questões sociais. O deputado Gilmar Sossella destaca a linha de atuação da bancada na Assembleia Legislativa em questões como a garantia do modelo dos pedágios comunitários, a aprovação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e a construção dos acessos asfálticos municipais. “A bancada mantém a unidade nas votações dos projetos do governo”, lembrou. Os encontros também estão servindo para discutir a estratégia para o lançamento de candidaturas proporcionais, com o intuito de aumentar a bancada estadual.
Segundo o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan Júnior, “a orientação é que as coordenadorias priorizem as candidaturas de ex-prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças da comunidade, objetivando uma nominata com expressiva representação política e social”. Com cinco vereadores do PDT entre os dez mais votados de Porto Alegre, pelo menos dois - Márcio Bins Ely e Claudio Janta - estão participando das reuniões regionais como pré-candidatos a deputado estadual e federal.
Os dois estão estimulando as candidaturas regionais. A estratégia em Porto Alegre para a eleição proporcional está motivando a formação da lista do PDT para 2014. Ao participar no sábado do encerramento da convenção feminina do PDT, em Porto Alegre, Bolzan voltou a orientar para que as mulheres trabalhem candidaturas viáveis em 2014. Atualmente, o PDT tem sete deputados estaduais e três federais.
Fonte: Jornal do Comércio (RS)
Por Alexandre Leboutte - Está cada vez mais claro entre os pedetistas o cenário para a sucessão estadual do próximo ano: o PDT vai ter candidato ao Palácio Piratini. Na quinta reunião que vem debatendo o tema com os filiados em todo o Estado - serão 38 encontros até outubro -, ocorrida no sábado em Camaquã, a tese de candidatura própria foi majoritária, como nas anteriores, realizadas desde o início do mês em Gravataí, Erechim, Passo Fundo e Pelotas.
“Há uma forte tendência de candidatura própria”, reconhece o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan Júnior. “Ao final desse processo de 38 encontros vamos ter um encontro definitivo. As conclusões que estamos tirando balizarão todas as definições, como a política de alianças. É lógico que, havendo candidatura própria não teremos outra coisa a fazer senão entregar os cargos no governo Tarso Genro (PT)”, adianta Bolzan.
De acordo com o presidente estadual do PT, deputado Raul Pont, a intenção do governador e do partido é a de manter a atual coalizão em torno do projeto que deverá ter Tarso como candidato à reeleição. “Nas conversas que fizemos com os aliados, propusemos que permaneçam conosco. Mas todo o partido tem o direito de ter candidatura própria, afinal, são dois turnos”, observa Pont, contando com a união no segundo turno caso não seja possível realizá-la no primeiro.
Mas a prioridade é buscar a aliança já no primeiro turno, revela Pont, que esteve reunido com Bolzam recentemente. “Estamos propondo que permaneçam na coligação conosco, com a possibilidade de assumir a vaga do senado ou de vice, dependendo das discussões com os demais aliados. Mas pela proximidade política, pelos compromissos que temos em vários municípios e pela identidade no plano nacional, no qual o Bolzan já nos colocou que a tendência é de que estejam com a presidente Dilma Rousseff (PT) (na reeleição ao Palácio do Planalto), achamos que deveríamos estar juntos no plano estadual”, justifica Pont .
No encontro realizado em Camaquã, três pedetistas se apresentaram como pré-candidatos ao governo do Estado. O deputado federal Vieira da Cunha; o secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta; e o secretário estadual de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe.
“Coloco meu nome como pré-candidato agora, mas garanto que se for a vontade do partido, estarei pronto na convenção partidária para disputar o governo do Estado”, declarou Vieira. Motta defende a necessidade de um projeto que atualize as referências históricas de Getúlio Vargas, Jango e Leonel Brizola, através de um discurso moderno. “O crescimento do nosso projeto político passa por esse posicionamento em 2014”, alega. Já Sehbe entende que o discurso deve sintetizar o anseio das comunidades, especialmente em temas como segurança pública, educação e infraestrutura.
Bolzan percebe que a força eleitoral do partido ampliou-se nas eleições municipais do ano passado, inflando a vontade de candidatura própria ao Palácio Piratini. “Estamos organizados em todo o Rio Grande do Sul, com a responsabilidade de administrar 24% do PIB gaúcho em prefeituras como Porto Alegre e Caxias do Sul, isso nos capacita para apresentar o nosso projeto de governo para a sociedade na eleição estadual do próximo ano”, avalia o presidente estadual.
Bancada estadual cobra coerência
A bancada estadual do PDT também acompanhou os debates sobre os rumos do partido na disputa de 2014, em Pelotas, na sexta-feira, e em Camaquã, no sábado. O líder da bancada, deputado Gerson Burmann, entende que a candidatura ao Palácio Piratini é estratégica para viabilizar 2018, mas pede coerência para uma eventual coligação. “Nesse caso, temos que continuar alinhados com o PT”, referindo-se a presença do PDT no governo de coalizão de Tarso Genro, com três secretarias e a vice-presidência do Banrisul.
A deputada Juliana Brizola também apoia a candidatura, mas mantém a linha crítica de cobrança de um projeto mais definido do partido e atuação vigorosa nas questões sociais. O deputado Gilmar Sossella destaca a linha de atuação da bancada na Assembleia Legislativa em questões como a garantia do modelo dos pedágios comunitários, a aprovação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e a construção dos acessos asfálticos municipais. “A bancada mantém a unidade nas votações dos projetos do governo”, lembrou. Os encontros também estão servindo para discutir a estratégia para o lançamento de candidaturas proporcionais, com o intuito de aumentar a bancada estadual.
Segundo o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan Júnior, “a orientação é que as coordenadorias priorizem as candidaturas de ex-prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças da comunidade, objetivando uma nominata com expressiva representação política e social”. Com cinco vereadores do PDT entre os dez mais votados de Porto Alegre, pelo menos dois - Márcio Bins Ely e Claudio Janta - estão participando das reuniões regionais como pré-candidatos a deputado estadual e federal.
Os dois estão estimulando as candidaturas regionais. A estratégia em Porto Alegre para a eleição proporcional está motivando a formação da lista do PDT para 2014. Ao participar no sábado do encerramento da convenção feminina do PDT, em Porto Alegre, Bolzan voltou a orientar para que as mulheres trabalhem candidaturas viáveis em 2014. Atualmente, o PDT tem sete deputados estaduais e três federais.
Fonte: Jornal do Comércio (RS)
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