sábado, 26 de dezembro de 2009

Implacável em Brasília, Simon é ‘maleável’ no Estado




Lula Marques/Folha

Houve desvio ético? Então pode abrir a contagem regressiva.



O senador Pedro Simon logo estará na tribuna do Senado para vergastar os malfeitores.



Esse Simon implacável, velho conhecido dos brasileiros, só existe em Brasília.



No Rio Grande do Sul, há outro Simon, mais maleável.



O Simon gaúcho, presidente do PMDB-RS, coabita a gestão da governadora tucana Yeda Crusius, sitiada por denúncias de corrupção.



Sob Yeda, o PMDB de Simon dá as cartas em três secretarias: Desenvolvimento, Habitação e Saúde.



Segura também a chave do cofre do Banrisul, o banco do Estado.



Há coisa de duas semanas, no lançamento da candidatura do prefeito pemedebê José Fogaça ao governo do Estado, Simon prometera:



O PMDB desembarcaria do governo tucano de Yeda. Quando? Bem, isso ele não disse.



Agora, como que dominado pelo espírito do Réveillon, Simon planeja o desembarque para janeiro.



Então quer dizer que o PMDB gaúcho vai, finalmente, romper com a governadora Yeda Crusius (PSDB)?



Não. Não. Absolutamente. Simon esclarece:



“A governadora continuará contando conosco na Assembleia. O que é bom para o Rio Grande do Sul é bom para nós”.



Ok, mas os cargos serão devolvidos, não? Olha, presta atenção, veja bem... Ouça-se Simon:



“O PMDB está saindo. Quem ficar, é porque ela pediu para ficar ou deixou ficar. Não será por conta do partido”.



Então, tá! Ficamos entendidos assim: o PMDB rompe com Yeda, mas continua dando-lhe votos na Assembléia. Devolve os cargos, mas quem quiser pode ficar.



Vá ser firme assim lá nos pampas, tchê!

Escrito por Josias de Souza às 19h14

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Datafolha: No RS, Fogaça emapata com Tarso Genro




Divulgação



O Datafolha informa que o prefeito José Fogaça, recém-lançado pelo PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, alcançou o ministro Tarso Genro, do PT.



Na sondagem anterior, feita em maio, Fogaça aparecia seis pontos percentuais atrás de Tarso. O ministro deslizou quatro pontos. E o prefeito subiu dois.



Encontram-se agora empatados em 30%. A governadora Yeda Crusius, que tenta empinar uma recandidatura pelo PSDB amarga um índice irrisório: 5%.



Está atrás de do deputado Beto Albuquerque (7%), candidato do PSB. Preto no branco, os dois estão tecnicamente empatados.



Tomada pelo tamanho que o Datafolha lhe atribui, Yeda nunca foi um portento como candidata. Assediada por denúncias de corrupção, virou um pesadelo tucano.



Em março, tinha 9%. Em maio, desceu dois degraus, estacionando em 7%. Agora, deslizou para os 5%.



Não é sem motivo que a direção nacional do PSDB se mexe para convencer Fogaça a recepcionar o presidenciável José Serra em seu palanque.



O fechamento do acordo passa pela obtenção do escalpo de Yeda, hoje uma candiodata de si mesma.



No Paraná, informa o Datafolha, esmaeceu o favoritismo do prefeito Beto Richa (PSDB). Tem na sua cola o senador Osmar Dias (PDT).



A dupla está tecnicamente empatada. Beto com 40%. Osmar, 38%. O candidato do governador Roberto Requião (PMDB) amealha índice inexpressivo.



Chama-se Orlando Pessuti. É vice-governador do Paraná. Aparece na pesquisa com irrisórios 5%.



Vexame maior passam os nomes cogitados como alternativas do PT, Lygia Pupatto ou Nedson Micheleti. Não passam de 1%.



O Datafolha perscrutou também a alma do eleitor de Santa Catarina. Ali, lidera a pesquisa, com 31%, Angela Amin, do PP. Ela é ex-prefeita de Florianópolis.



Em segundo, aparece o senador Raimundo Colombo (DEM), com 18%. Atrás dele, Ideli Salvatti (PT), líder de Lula no Congresso: 14%.



Eduardo Pinho Moreira, que se apresenta como alternativa do PMDB do atual governador Luiz Henrique, coleciona 7%.



Injetou-se num dos cenários o nome do vice-governador catarinense, Leonel Pavan (PSDB). Belisca um índice magro: 9%.



Mexe pouco no tabuleiro. Angela Amin cai de 31% para 29%. O ‘demo’ Colombo oscila de 18% para 19%. E a petê Ideli permanece em 14%.



Candidato ao Senado, o governador Luiz Henrique tenta manter de pé em 2010 a tríplice aliança que serve de estaca à sua gestão: PMDB-PSDB-DEM.



Vingando o acordo trino, será necessário optar por um de três nomes: Colombo, Pavan ou Pinho Moreira.



Posto sob suspeição pelo Ministério Público, que o acusa de corrupção, o tucano Pavan vem crescerem as chances do ‘demo’ Colombo.



Os dados do Datafolha foram levados à edição desta quarta da Folha.

Escrito por Josias de Souza às 06h16

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Rigotto sai de cena e facilita planos de Fogaça no RS


O ex-governador gaúcho Germano Rigotto, do PMDB, veio aos holofotes para informar que não tentará retornar ao cargo nas eleições de 2010.



Rigotto soou categórico. Disse que a hipótese de ir às urnas como candidato a governador está afastada “definitiva e irrevogavelmente”.



Com esse gesto, deixou o palco livre para as evoluções do prefeito pemedebê de Porto Alegre, José Fogaça, com quem media forças.



Ao baixar as cortinas de sua quase candidatura, Rigotto lecionou: “Quem tem dois candidatos, não tem nenhum. Essa é a lição da experiência política”.



Acha que Fogaça “tem a capacidade” de costurar as “parcerias” políticas necessárias a devolver o PMDB ao Piratini, sede do governo gaúcho.



O Rio Grande do Sul é um dos Estados em que a dobradinha PMDB-PT, ensaiada no plano nacional, não irá se reproduzir.



Ali, a tribo dos pemedebês é representada por uma etnia que olha para o petismo com o fígado, embalada por instintos canibais.



O PSDB nacional rodeia o caldeirão gaúcho com pretensões de firmar com o PMDB local uma aliança que dê ao presidenciável tucano um bom palanque.



O tucanato sempre preferiu Fogaça. Mas demora-se em apreender a lição de Rigotto: “Quem tem dois candidatos não tem nenhum”.



Não bastasse esticar a queda-de-braço entre José Serra e Aécio Neves, o PSDB demora-se em enquadrar Yeda Crusius.



Enredada por denúncias, a governadora tucana do Rio Grande do Sul tornou-se um farrapo político. A despeito disso, cultiva um projeto reeleitoral.



Para abrir negociações com Fogaça, o PSDB terá, primeiro, de ultrapassar a fase do "dois em nenhum". Depois, precisará enquadrar Yeda.



De resto, ao retirar-se para as coxias, Rigotto deixou sobre o tablado um prenúncio de encrenca para o ministro Tarso Genro (Justiça).



Candidato do PT ao governo gaúcho, Tarso tenta arrastar para dentro de sua coligação o PDT.



O diabo é que o PDT ocupa, sob Fogaça, a vice-prefeitura de Porto Alegre. Talvez se anime a reeditar a parceria com o PMDB na cruzada estadual.



Algo que, se confirmado, terá um gosto de ironia, já que Dilma, uma cristã nova do PT, é egressa justamente dos quadros do PDT gaúcho.

Escrito por Josias de Souza às 03h05

sábado, 10 de outubro de 2009

O Jornal ZERO HORA no Painel do Paim

Para ler a versão online do jornal ZERO HORA, basta acessar este blog e clicar no terceiro LINK, situada do lado direito desta página.

Acesse, também, os outros dois LINKS,

terça-feira, 6 de outubro de 2009

RS proíbe fumo em locais fechados; fumódromos são permitidos com exaustores

Flávio Ilha
Especial para o UOL Notícias
Em Porto Alegre
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou na tarde desta terça-feira (6) projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados em todo o Estado. A proibição vale para locais públicos, como bares e restaurantes, e privados, como empresas, lojas e shoppings centers. Para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pela governadora Yeda Crusius (PSDB).

O projeto, de autoria do deputado Miki Breier (PSB), foi aprovado por ampla maioria: 41 votos contra dois. A lei, entretanto, faculta a criação de espaços destinados a fumantes em locais fechados, mas estabelece a obrigatoriedade de soluções técnicas para eliminar a fumaça e resíduos de cigarros. "Vai ficar tão caro fazer um fumódromo que ninguém adotará essa solução", estimou o deputado.

A proibição se estende ao fumo e a todos os seus similares, derivados ou não do tabaco. Isso inclui charutos, cachimbos, cigarros aromatizados e mesmo as versões eletrônicas que vêm sendo testadas.

A única exceção é a utilização do tabaco em rituais religiosos, como sessões de candomblé. Uma previsão de multa para os infratores foi retirada da proposta, para facilitar a sua aprovação. A regulamentação dessa questão será feita pelo Executivo.

Conforme justificativa de Breier, o projeto se baseou em leis similares que já vigoram em diversos países, como Chile, Áustria, Itália, Portugal e Espanha. Segundo ele, a proposta procurou dialogar com fumantes e não-fumantes. "O Rio Grande do Sul é um grande produtor de tabaco, mas ao mesmo tempo é preciso pensar nos danos à saúde que o fumo provoca", disse o socialista.

"É um passo fundamental e importante. Mas é preciso investir no diálogo com a indústria, com os fumantes e com o comércio para que a lei seja de fato respeitada", avaliou o parlamentar.

A lei antifumo já foi aprovada em diversos Estados brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de cidades como Curitiba, Salvador e Belém.
UOL Celular

domingo, 4 de outubro de 2009

Com 37%, Tarso lidera disputa pelo governo gaúcho

Wilson Dias/ABr
Pesquisa do Ibope atribui ao ministro Tarso Genro (Justiça), candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, a liderança na disputa.

Recolheram-se manifestações dos eleitores em relação a quatro cenários. Tarso frequenta o topo em todos eles, ora com 37% ora com 40%.

Na segunda colocação vêm os candidatos pemedebistas. Com o prefeito José Fogaça, o PMDB amealha 28%. Com o ex-governador Germano Rigotto, 27%.

O nome da governadora Yeda Crusius (PSDB) foi testado em dois cenários. Ela figura em ambos na quarta colocação. Num deles, 5%. Noutro, 4%.

Está atrás do deputado Beto Albuquerque (PSB), que amealha 7%. A rigor, um empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de três pontos.

Paulo Feijó (DEM), o vice-problema de Yeda, figura em todos os cenários em que seu nome aparece com uma marca irrisória: 1%.

Tomada pelo índice de rejeição, a tucana Yeda revela-se uma candidata inviável. Nada menos que 60% dos eleitores afirmam que jamais votariam nela.

A segunda maior taxa de rejeição é a do vice Feijó: 14%. Vêm a seguir: Tarso (13%), Rigotto (11%) e Fogaça (9%).

O Ibope submeteu aos pesquisados dois cenários sem o nome de Yeda. Tarso oscila para cima. Sobe de 37% para 40%.

Fogaça mantém os 28%. E Rigotto desliza dentro da margem de erro, de 27% para 26%. Testaram-se também os cenários de segundo turno.

Contra os rivais do PMDB, Tarso prevalece com 48% das intenções de voto. Fogaça e Rigotto aparecem na pesquisa com idênticos 34%.

Na improvável hipótese de um confronto entre Tarso e Yeda, o ministro petista imporia à governadora tucana uma derrota humilhante no 2º round: 65% a 10%.

Alvissareiro como ponto de largada, o favoritismo de Tarso não pode ser visto como sinônimo de êxito. O histórico das eleições gaúchas aconselha o pé atrás.

Na refrega de 1998, Antonio Britto (PMDB), que largara na frente nas pesquisas, foi derrotado por Olívio Dutra (PT).

Eleito na sucessão de Olívio, em 2002, Rigotto foi à reeleição. Enxergava a então candidata Yeda pelo retrovisor.

Abertas as urnas do primeiro turno, a tucana, que largara com índices que variavam entre 1% e 2% foi à rodada final. Rigotto nem ao segundo turno foi.

De resto, há contra Tarso Genro uma segunda variável: o prestígio de Lula parece não fazer a cabeça do eleitor gaúcho.

Na eleição presidencial de 2006, Lula somou menos votos do que Geraldo Alckmin, o chuchu tucano, no Rio Grande do Sul.

Nessa sua última pesquisa, realizada entre os dias 25 e 29 de setembro, o Ibope questionou o eleitor também sobre a corrida presidencial.

No cenário mais provável, sem o nome de Heloísa Helena (PSOL) na cédula, o resultado é o seguinte.

José Serra (PSDB) lidera no Rio Grande com 34% das intenções de voto. Dilma Rousseff (PT) aparece em segundo, com 20%. Vêm a seguir Ciro Gomes (PSB), com 19%; e Marina Silva (PV), 8%.

Ou seja: ao dividir o palanque com Dilma, Tarso terá de alavancar os índices da companheira, não o contrário.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PSDB classifica como "movimento golpista do PT" decisão sobre impeachment de Yeda


MÁRCIO FALCÃO
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O comando do PSDB reagiu nesta sexta-feira e classificou como um "movimento golpista do PT" o anúncio de que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).

A cúpula do partido deve discutir a situação do governo de Yeda em uma reunião na próxima semana com o governador José Serra (São Paulo) e os desdobramentos políticos do caso. Líderes do PSDB temem que as denúncias contra a administração da tucana ganhem dimensão nacional e virem munição contra o candidato do partido que disputar a sucessão presidencial em 2010.

Governo do RS diz que decisão sobre impeachment é pessoal e prejudica Estado
Presidente da Assembleia do RS aceita pedido de impeachment de Yeda Crusius

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a governadora é "vítima de uma conspiração" para favorecer o PT na disputa local nas próximas eleições. O ministro Tarso Genro (Justiça) foi escolhido o nome do partido para tentar conquistar o Palácio Piratini.

"Nunca tive a menor dúvida de que isso ia acontecer. Acho que é um movimento golpista liderado pelo PT. Então, não me surpreende que o presidente da Assembleia, que é do Partido dos Trabalhadores, encaminhe esse tal impeachment. Se trata de impedir que a governadora avance politicamente enquanto ela já avançou administrativamente. E tem a polícia russa também ajudando [referência ao ministro Tarso Genro]. As ações são coordenadas contra o mandato da governadora. Ela é vitima de uma conspiração", disse Guerra.

Com a movimentação do pedido de impeachment, Yeda pode ficar sem sustentação do partido para buscar a reeleição. Na tentativa de fortalecer o palanque no Rio Grande do Sul para o candidato do PSDB, o comando do partido pode dar fôlego a uma aliança com o PMDB gaúcho que trabalha o nome do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.

A reunião com Serra deve ser decisiva para o futuro da governadora. No encontro, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), deve reforçar a defesa de Yeda. "É um petista [Ivar Pavan] completamente envolvido nessa conspiração permanente que esse partido faz contra a governadora e contra o Rio Grande do Sul. É o padrão petista. Não aceitam o jogo democrático e usam posições que conquistam para conspirar e tentar desestabilizar", afirmou.

Impeachment

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aceitou ontem o pedido de impeachment contra Yeda, que foi protocolado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Estado.

Com a decisão de Pavan, a Casa Legislativa vai começar a discutir o assunto, que pode ser levado a plenário. O fórum alega que Yeda cometeu crime de responsabilidade. Segundo a Assembleia, há ao menos 26 pontos no processo que vinculam a governadora ao suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.



O parlamentar e uma equipe de assessoramento técnico analisou documentos e escutas telefônicas reunidas pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Poder Judiciário.

De acordo com o Legislativo, a posição adotada pela presidência da Casa se baseia em dois eixos: o conhecimento dos fatos relacionados à gestão do Detran e a decisão do modelo e ações do governo em favorecer o esquema criminoso.

A Assembleia informou que, nas escutas realizadas, réus da CPI do Detran referem de maneira direta que a governadora tinha conhecimento dos fatos e relacionam o esquema com o centro do governo.

Pavan afirmou que não se trata de pré-julgamento, mas da responsabilidade do Parlamento diante do seu papel institucional de preservar valores éticos e os critérios da boa gestão pública.

"A abertura do processo de impeachment representa o compromisso da Assembleia com o resgate dos princípios republicanos. Não podemos ficar omissos diante da gravidade desta conduta."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PMDB assina pedido de CPI contra Yeda; oposição consegue 29 nomes

colaboração para a Folha Online

Os nove deputados que compõem a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiram na manhã desta quinta-feira (06) assinar o pedido de abertura de uma CPI para investigar as denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB).

Entre os deputados que deverão assinar a medida está Luiz Fernando Záchia, um dos investigados pela ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal para apurar suposta improbidade administrativa.

Governo Yeda Crusius diz que ação é "circo político"
Oposição entrega hoje pedido de instalação de CPI contra Yeda

Com a assinatura dos peemedebistas o requerimento terá o apoio de 29 dos 55 deputados da Casa. Pelo regimento da Assembleia, são necessárias no mínimo 19 assinaturas para protocolar o requerimento da CPI.

Ontem, a oposição tinha apenas 17 assinaturas, mas após a divulgação das denúncias pelo Ministério Público, os deputados do PDT Gerson Burmann, Giovani Cherini e Kalil Sehbe assinaram o documento, completando o número necessário para a abertura do procedimento.

O PMDB fazia parte, até o momento, da bancada de apoio à governadora da Assembleia, mas ainda não há informações sobre como ficará a situação do partido após a assinatura do pedido de investigação.

Segundo informações da Assembleia Legislativa, o PMDB espera que os fatos apontados pelo Ministério Público Federal possam ser amplamente esclarecidos "sem que haja, contudo, exploração política por parte dos integrantes da CPI".

Ação

Além de Yeda, foram denunciados à Justiça o marido dela, Carlos Crusius; o deputado federal e secretário de Segurança do Estado entre 2003 e 2006, José Otávio Germano (PP-RS); o presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), João Luiz Vargas; o deputado estadual e chefe da Casa Civil na época da denúncia Luiz Fernando Záchia (PMDB); o deputado estadual Frederico Antunes (PP); o ex-secretário-geral de governo, Delson Martini; a assessora da governadora, Walna Meneses; e o tesoureiro da campanha de Yeda, Rubens Bordini.

Na ação, a Procuradoria da República no Rio Grande do Sul pede o afastamento da governadora e de outros agentes públicos. Os procuradores pedem também que a Justiça determine a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos para garantir a devolução integral aos cofres públicos dos recursos supostamente desviados.

A estimativa dos procuradores é de que o valor ultrapasse R$ 44 milhões. Os recursos teriam sido desviados do Detran gaúcho, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e fundações de apoio, como a Fatec (Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência vinculada à UFSM) e Fundae (Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura), além de outras empresas ligadas ao governo.

Os procuradores não deram mais detalhes sobre as provas que reuniram relacionadas à participação da governadora no suposto desvio, porque o processo correria em sigilo. Eles especificaram apenas que o embasamento para a ação foi obtido em documentos, depoimentos e interceptações telefônicas, inclusive da Operação Solidária, da Polícia Federal, que investiga supostas fraudes em licitações estaduais.

Outro lado

Hoje pela manhã, o governo do Estado divulgou nota na qual se diz "estarrecido" com o anúncio da ação pelo Ministério Público Federal.

A nota diz ainda que o anúncio da ação foi um triste espetáculo com fundamentos políticos. "A governadora do Estado [...] continua sendo acusada por agentes públicos de Estado, os de hoje membros do MPF [Ministério Público Federal], sem que as razões da acusação sejam conhecidas, num triste espetáculo criado por aqueles que deveriam ser os fiscais da lei e que trocaram a discrição pelo exibicionismo, e a ação própria da função, pela montagem de um verdadeiro circo político, a serviço de interesses outros que não a busca da verdade ou a defesa do estado democrático de direito."

Na nota, o governo classifica ainda como "perversidade" o fato de detalhes das denúncias não terem sido tornadas públicas, o que impede "que os citados publicamente possam se defender".

sábado, 25 de julho de 2009

Porto Alegre registra temperatura negativa

Estação do Sistema Metroclima da prefeitura indicou - 0,1ºC, por volta das 2h

Atualizada às 06h04min

Não é só na Serra e nas cidades da fronteira que a madrugada deste sábado foi gelada. Na Capital, a estação do Sistema Metroclima da prefeitura indicou - 0,1ºC, por volta das 2h. A última vez que a estação do Instituto Nacional de Meteorologia registrou temperatura negativa na Capital foi no bairro Jardim Botânico, em 16 de julho de 1993, quando fez - 0,2ºC. Não se descarta que no amanhecer deste sábado essa marca seja quebrada.

Em 1995, no dia 1º de agosto, a Capital registrou - 1,2 ºC. Na onda de frio de julho de 2000, a temperatura chegou a 0ºC. Durante a madrugada, várias cidades também registraram temperaturas negativas. Por volta das 5h, os termômetros de São José do Ausentes marcavam - 4,6 ºC, os de Vacaria - 5,5 º C e os de Santa Rosa - 3,2 º C, segundo as estações automáticas o Instituto Nacional de Metereologia.

ZEROHORA.COM


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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Chefe da Casa Civil anuncia "reorganização" nos quadros do governo do RS

ESTELITA HASS CARAZZAI
da Agência Folha

O presidente do Detran gaúcho, Sérgio Buchmann, foi demitido ontem pelo governo do Rio Grande do Sul após ficar menos de três meses no cargo. Além de anunciar a exoneração de Buchmann, o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, disse que dentro dos próximos 15 dias haverá uma "reorganização" nos quadros do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.

O Detran foi o estopim da crise política que atinge o governo de Yeda Crusius (PSDB): uma operação da Polícia Federal, em novembro de 2007, identificou fraudes de R$ 44 milhões no órgão. Quarenta pessoas, entre elas aliados de Yeda e dois ex-presidentes do Detran, estão sendo processadas.

Buchmann, que assumiu o órgão em maio deste ano, era agente fiscal do Tesouro do Estado desde 1975 e não é filiado a nenhum partido político.

Armadilha

Na terça-feira da semana passada, ele recebeu a visita do chefe de gabinete de Yeda, Ricardo Lied, e de policiais civis que o avisaram de que seu filho seria preso por tráfico de drogas. O ex-presidente do Detran disse que pensou que fosse uma armadilha, para flagrá-lo tentando avisar o filho. Ele não entrou em contato com o garoto, que foi preso horas depois.

Lied, que não se manifestou oficialmente sobre o episódio --assim como o governo estadual--, disse à Rádio Gaúcha que foi contatado pelo delegado da operação para intermediar a abordagem. Ele afirmou que agiu de boa-fé e que as suposições de Buchmann são "fantasiosas". O episódio está sendo investigado pela Polícia Civil.

O chefe da Casa Civil afirmou que a visita de Lied não teve relação com a demissão de Buchmann. "Houve um acerto entre governo e entre o ex-presidente de que ele cumpriu seu ciclo", disse. Buchmann, porém, declarou à Rádio Gaúcha, logo depois de sair da reunião em que foi demitido, que o episódio "desgastou sua imagem no governo", mas que a decisão tomada foi "razoável" e "lógica".

Quando questionado se Lied permanecerá ou não no cargo, Wenzel fez referência à "reorganização" do Palácio Piratini, mas não disse se Lied será ou não afastado do governo.

O novo diretor do Detran, Sérgio Fernando Filomena, é diretor da Secretaria de Planejamento e agente fiscal do Tesouro há 26 anos. Ele é o quinto presidente do órgão desde o início da gestão Yeda, em 2007.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tarso diz que será confirmado candidato ao governo do RS no sábado

CIRILO JUNIOR
colaboração para a Folha Online, no Rio


O ministro Tarso Genro (Justiça) disse hoje que espera ser confirmado candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul na convenção do partido.

Aconvenção acontece sábado.

Tarso disse que buscará uma composição com partidos aliados, como PDT, PC do B, PSB e PTB em torno de sua candidatura.

"Eventualmente, posso ser candidato no Rio Grande do Sul. Vamos ter a convenção, provavelmente serei indicado, em torno de 70% dos delegados, e vamos oferecer o nome para nossos aliados", disse.

Em maio, Tarso já havia defendido o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, atitude que foi criticada por setores do PT nacional.

Os correligionários alegam que a candidatura do ministro criaria dificuldades em consolidar alianças com o PMDB visando à eleição presidencial.

domingo, 17 de maio de 2009

Campanha de tucana no RS é objeto de nova suspeita

da Agência Folha, em Porto Alegre

Uma troca de e-mails, em setembro de 2006, entre o então candidato a vice-governador do Rio Grande do Sul Paulo Feijó (DEM) e o tesoureiro da campanha de Yeda Crusius (PSDB) indica que foram recebidos pelo menos R$ 25 mil não declarados à Justiça Eleitoral, segundo a revista "Veja".

Em mensagem ao tesoureiro Rubens Bordini, Feijó diz ter recebido R$ 25 mil da concessionária da General Motors Simpala em dinheiro vivo. O dinheiro, diz a revista, foi enviado ao tesoureiro em uma mochila.

Yeda e seu vice romperam politicamente no segundo turno. Os e-mails de Feijó não são os primeiros indícios da existência de caixa dois na campanha de Yeda. A tucana enfrenta a suspeita de que dinheiro doado ilegalmente por empresas de tabaco bancaram parte da compra da casa onde ela mora.

A Procuradoria Regional Eleitoral apura possíveis crimes eleitorais na campanha tucana e pleiteia autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que a Polícia Federal investigue Yeda pela compra do imóvel.

A governadora foi procurada pela Folha, mas sua assessoria não emitiu comentário sobre a nova acusação. Em ocasiões anteriores, ela negou a existência da prática de caixa dois.

O advogado de Yeda, Eduardo Alckmin, não comentou a denúncia, alegando não ter tido conhecimento da reportagem, mas afirmou que a acusação do vice-governador é movida por interesse político.

A Folha procurou Paulo Feijó, o gerente de relações institucionais da GM no Estado, Marco Kraemer, e a presidente do PSDB-RS, Zilá Breitenbach. Ninguém ligou de volta.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tarso se impacienta com Berzoini e exige 'desculpas'




Fotos: ABr e Folha



O ministro petista Tarso Genro (Justiça) está uma arara com o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP).



Tarso foi escolhido pela maioria do PT gaúcho como candidato da legenda ao governo do Rio Grande do Sul.



No último sábado (2), o diário Zero Hora veiculara uma entrevista na qual Berzoini criticara a precocidade da decisão do petismo estadual.



Dissera que a escolha do nome de Tarso era “informal”. Por quê? Ocorreu antes da definição da candidatura presidencial. Algo que afrontaria o estatuto do PT.



Nesta segunda (4), o mesmo Zero Hora publica a reação de Tarso. Abespinhado, o ministro exige um pedido de desculpas de Berzoini.



Referiu-se à manifestação do presidente nacional do PT como “um momento muito infeliz”. Por trás da arenga está o PMDB.



Às voltas com a costura dos palanques estaduais da presidenciável Dilma Rousseff, Berzoini ambiciona uma composição com o PMDB gaúcho.



Algo que parece improvável. Ouça-se o senador Pedro Simon, que preside o diretório do PMDB no Rio Grande do Sul:



“Não posso dizer que é impossível, mas fácil não é. Nos últimos tempos, PT e PMDB têm sido dois polos opostos nas eleições gaúchas...”



“...Se eles nos apoiarem, o que vamos fazer? No Estado, são eles [os petistas] que são complicados e não nós”.



Agora, ouça-se Tarso: “Respeitamos o PMDB, mas o partido é o nosso adversário, um apoiador forte do governo Yeda Crusius [PSDB]...”



“...Isso não significa nenhum desmerecimento do PMDB. Mas até estranho que um presidente de partido [Berzoini] ofereça um apoio não pedido”.



Para o ministro, as declarações do companheiro-presidente, “são constrangedoras e ofendem todo o partido no Estado”.



Tarso completa: “São declarações que apontam até como irrelevantes as pré-candidaturas apresentadas pelo PT gaúcho...”



“Berzoini vai ter de pedir desculpas ao partido no Estado”.

Perguntou-se a Tarso o que teria motivado a manifestação de Ricardo Berzoini.



E ele: “Uma incompreensão, um desconhecimento completo do que ocorre no Rio Grande do Sul...”



Um desconhecimento do “fato de que temos um partido programático, politizado e ético. Foi um momento muito infeliz”.

Escrito por Josias de Souza às 04h32

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Senador Paulo Paim: Pré-Candidato a Presidente da República


Me sinto em condição de saber administrar ou governar


01 de fevereiro de 2009 - ELEIÇÕES 2010 - Entrevista - Zero Hora

Com discrição, o senador Paulo Paim (PT) liberou entidades de aposentados e negros a iniciar uma cruzada nos Estados e na internet para disseminar a possibilidade de sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2010.

– Para mim, é uma alegria. Me vejo em um bom momento da política – afirmou o petista.

Na tarde de sexta-feira, Paim estava em seu gabinete em Brasília. O parlamentar conversou por telefone com Zero Hora por 30 minutos sobre o movimento favorável ao seu nome para a Presidência. A seguir, a síntese da entrevista:

Zero Hora – O senhor quer disputar a vaga de candidato do PT à Presidência?

Paulo Paim – Não é questão de querer ou não. Todo homem público, naturalmente, vê com satisfação o seu nome levantado para candidato ao maior cargo do país. Quem não ficaria feliz com isso? Se dissesse o contrário, estaria mentindo. Nem por isso tenho de sair por aí fazendo campanha.

ZH – Supondo que o seu nome ganhe força nos Estados e na internet, o senhor aceitaria postular a candidatura?

Paim – Eles (movimentos sociais) dizem que farão toda a mobilização e virão me procurar para demonstrar a viabilidade da candidatura. Daí, analisarei o quadro.

ZH – Simpatizantes dizem que o senhor estimulou a campanha.

Paim – A base social não depende da tua vontade. Ela se articula e aponta caminhos com os quais aquele que estiver na frente concorda ou não. O movimento surgiu de lá para cá. Em nenhum momento pensei em ser candidato à Presidência. Preparei a minha reeleição ao Senado. Essa base social mostra que quer me impulsionar para um cargo majoritário. Não vou frustar o direito de eles fazerem esse debate, que pode impulsionar o meu nome ou outros.

ZH – Entidades como a Unegro e o Movimento de Consciência Negra Palmares afirmam que o senhor quer que se faça a campanha. Há até uma comunidade oficial no Orkut chamada Paim presidente.

Paim – Isso é improcedente. No Orkut, há diversas iniciativas de “Paim presidente” pelo meu trabalho na Câmara e no Senado. Tu achas que eu teria capacidade, como um senador sem um centavo, de articular tudo isso de forma gigantesca? Só se fosse mágico e tivesse varinha mágica. Imagina se vou criar comunidade. Ninguém discutiu isso comigo.

ZH – O senhor acredita que é possível ser o primeiro negro presidente do Brasil?

Paim – Acredito que um dia o Brasil poderá ter um presidente negro e uma mulher. Quem acreditava que nos Estados Unidos, onde o preconceito racial é forte, seria eleito um negro com esse charme, força e competência? Se na maior potência do planeta aconteceu, por que não pode ocorrer no Brasil? Mas não sei quem será esse presidente negro.

ZH – Esse presidente negro pode ser o senhor?

Paim – Sou o único senador negro. O pessoal faz alguma vinculação porque Obama era senador e também era ligado aos direitos humanos. O processo de construção vai apontar o caminho. Mas pode ser Paulo, Pedro ou João.

ZH – O senhor se considera o Obama brasileiro, como dizem seus apoiadores?

Paim – Me considero Paulo Renato Paim, gaúcho, nascido em Caxias do Sul. Tenho carinho e respeito por Obama. Mas ninguém deve ou pode querer ser cópia de outro.

ZH – Por que o movimento ocorre sem o conhecimento da cúpula do PT?

Paim– Existe uma indicação do partido, não-oficial ainda, que respeito muito (Dilma Rousseff). Eu mesmo tenho advogado publicamente o nome da Dilma. Os movimentos sociais e outros setores estão preocupados com esse debate. Eles entendem talvez que outros nomes devem ser levantados.

ZH – O senhor pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

Paim – Esse movimento está tomando mais corpo neste momento. Esperarei para ver até aonde vai. Até março ou abril, haverá um quadro melhor. Se esse movimento tiver força em nível nacional, é natural dialogar com os líderes do PT. Se provocado, tenho obrigação de dialogar com os partidos aliados. Defendo uma política de alianças ampla.

ZH – O senhor conversou com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT?

Paim – Não. Todas as vezes que estive no palanque sempre foi elogiando ou defendendo o nome dela.

ZH – Se necessário, o senhor estaria disposto a disputar uma prévia com a ministra?

Paim – Não disputaria prévia. Sou contra prévia. A sociedade organizada por si só deve apontar o caminho de quem deva ser o candidato, fruto da política de aliança do PT.

ZH – O seu objetivo é ganhar visibilidade e se cacifar como candidato ao Palácio Piratini?

Paim – Não trabalho com essa hipótese. Eu preparei com muito carinho a minha reeleição para o Senado.

ZH – O senhor está preparado para governar?

Paim – Depois de tantos anos na vida pública, me sinto em condição de saber administrar ou governar de forma coletiva.

MARCIELE BRUM- marciele.brum@zerohora.com.br

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.