Candidatura própria em 2014 domina PDT do Rio Grande do Sul
16 de abril de 2013
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Em apenas cinco encontros regionais a candidatura própria tomou conta do PDT. Na cidade onde Brizola construiu o seu primeiro projeto de reforma agrária, em Camaquã, no sábado (13), Vieira da Cunha, Afonso Motta e Kalil Sehbe anunciaram que estão dispostos a disputar o Palácio Piratini nas eleições do próximo ano. A força eleitoral da sigla, confirmada em 2012 através da eleição de 70 prefeitos, especialmente de Porto Alegre e Caxias do Sul, está levando a estratégia partidária para a disputa em faixa própria. Até outubro os dirigentes realizam 38 encontros regionais para confirmar a vontade partidária.
Pelotas (dia 12) e Camaquã (dia 13) confirmaram o que se iniciou em Gravataí (dia 4), Erechim (5) e Passo Fundo (6): o PDT quer disputar a eleição estadual de 2014 com candidato próprio. Os resultados da eleição municipal estão refletindo essa vontade, define o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior, que projetou os 38 encontros justamente para encontrar esse diagnóstico. “Estamos organizados em todo o Rio Grande do Sul, com a responsabilidade de administrar 24% do PIB gaúcho em prefeituras como Porto Alegre e Caxias do Sul, isso nos capacita para apresentar o nosso projeto de governo para a sociedade na eleição estadual do próximo ano”, disse o ex-prefeito de Osório na noite de sexta-feira (12), na Câmara de Vereadores de Pelotas. Lá, 18 municípios da coordenadoria da Zona Sul avaliaram seu desempenho eleitoral. A recuperação da sigla em Pelotas, agora com três vereadores, entre eles o ex-prefeito Anselmo Rodrigues, estimula os demais municípios para a composição de estratégias que garantam o avanço da representação. Essa regra, que resultou na eleição de José Fortunati em Porto Alegre e Alceu Barbosa em Caxias do Sul, estimula as projeções para 2014. “Mas estamos trabalhando num cenário até 2018”, avisa Bolzan. Todos os movimentos da legenda estão sendo avaliados buscando preservar a identidade partidária e, ao mesmo tempo, garantir a viabilidade eleitoral dentro das regras em curso, especialmente o horário de televisão, o espaço que viabiliza o diálogo do candidato e do partido com a população.
PRIORIDADE
A viabilidade da candidatura já está em marcha. A presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na última semana, em reunião com deputados e a executiva em Porto Alegre, garantiu as conversações com outros partidos no cenário nacional. Os movimentos do PDT na eleição presidencial terão a candidatura própria do PDT no Rio Grande do Sul como prioridade, assegurou o ex-ministro do Trabalho, certeza que fez o deputado Vieira da Cunha assumir a candidatura e em Camaquã, onde fez sua primeira manifestação ao partido, assegurou: “Coloco meu nome como pré-candidato agora mas garanto que se for a vontade do partido, estarei pronto na convenção partidária para disputar o governo do Estado”. Segundo Vieira, que é presidente do Diretório Metropolitano e articulou as composições internas na eleição de José Fortunati, “nenhum outro partido tem a identidade histórica do PDT com a educação, a reforma agrária, os trabalhadores”. A resistência dos gaúchos em repetir governos aumenta a confiança de que, para o PDT, a candidatura própria vai permitir que a proposta trabalhista, duas décadas depois do governo de Alceu Collares, venha a ser retomada no Palácio Piratini. Temas estruturantes do Estado, como educação, desenvolvimento e resgate da eficiência da administração pública entraram nos discursos partidários. Também indicado para a disputa, o secretário do Gabinete dos Prefeitos, Afonso Motta, disse que o reconhecimento público do PDT nas últimas eleições credencia a legenda para assumir a defesa do seu patrimônio político e dialogar com a sociedade através da candidatura própria. Defensor de um projeto que atualize as referências históricas de Getúlio, Jango e Brizola através de um discurso moderno, ele pondera que “o crescimento do nosso projeto político passa por esse posicionamento em 2014”. Secretário de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe entende que o discurso deve sintetizar o anseio das comunidades, especialmente em temas como segurança pública, educação e infraestrutura.
Em Camaquã, no sábado (13), na sede partidária ao lado da prefeita de Arambaré, Joselane Becker, e de Tapes, Silvio Rafaeli, o vice-presidente do PDT, Pompeo de Mattos disse que a atual conjuntura partidária foi projetada em 2010, nas negociações que resultaram na candidatura do PDT na chapa de José Fogaça, onde ele disputou como candidato a vice-governador. “Ali nós viabilizamos a candidatura de Fortunati, que era vice-prefeito e assumiu a prefeitura”. Ele defende o protagonismo do PDT na disputa do próximo ano.
COERÊNCIA Também a bancada estadual acompanhou os debates em Pelotas e Camaquã. O líder da bancada, deputado Gerson Burmann, entende que a candidatura em 2014 é estratégica para viabilizar 2018, mas pede coerência para uma eventual coligação. “Nesse caso, temos que continuar alinhados com o PT”, referindo-se a presença do PDT no governo de coalizão de Tarso Genro, com três secretarias e a vice-presidência do Banrisul. A deputada Juliana Brizola também apoia a candidatura, mas mantém a linha crítica de cobrança de um projeto mais definido do partido e atuação vigorosa nas questões sociais. O deputado Gilmar Sossella destaca a linha de atuação da bancada na Assembleia Legislativa em questões como a garantia do modelo dos pedágios comunitários, a aprovação da EGR ou a construção dos acessos asfálticos municipais. “A bancada mantém a unidade nas votações dos projetos do governo”, lembrou.
Também nas listas proporcionais vai se refletir a eleição municipal de 2012: com cinco vereadores do PDT entre os 10 mais votados de Porto Alegre, pelo menos dois, Márcio Bins Ely e Claudio Janta, estão participando das reuniões regionais como pré-candidatos a deputado estadual e federal. Os dois estão estimulando as candidaturas regionais. A estratégia em Porto Alegre para a eleição proporcional está motivando a formação da lista do PDT para 2014. Ao participar no sábado (13), do encerramento da convenção feminina do PDT, em Porto Alegre, Bolzan voltou a orientar para que as mulheres trabalhem candidaturas viáveis em 2014. Atualmente, o PDT tem sete deputados estaduais e três federais.
Pelotas (dia 12) e Camaquã (dia 13) confirmaram o que se iniciou em Gravataí (dia 4), Erechim (5) e Passo Fundo (6): o PDT quer disputar a eleição estadual de 2014 com candidato próprio. Os resultados da eleição municipal estão refletindo essa vontade, define o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior, que projetou os 38 encontros justamente para encontrar esse diagnóstico. “Estamos organizados em todo o Rio Grande do Sul, com a responsabilidade de administrar 24% do PIB gaúcho em prefeituras como Porto Alegre e Caxias do Sul, isso nos capacita para apresentar o nosso projeto de governo para a sociedade na eleição estadual do próximo ano”, disse o ex-prefeito de Osório na noite de sexta-feira (12), na Câmara de Vereadores de Pelotas. Lá, 18 municípios da coordenadoria da Zona Sul avaliaram seu desempenho eleitoral. A recuperação da sigla em Pelotas, agora com três vereadores, entre eles o ex-prefeito Anselmo Rodrigues, estimula os demais municípios para a composição de estratégias que garantam o avanço da representação. Essa regra, que resultou na eleição de José Fortunati em Porto Alegre e Alceu Barbosa em Caxias do Sul, estimula as projeções para 2014. “Mas estamos trabalhando num cenário até 2018”, avisa Bolzan. Todos os movimentos da legenda estão sendo avaliados buscando preservar a identidade partidária e, ao mesmo tempo, garantir a viabilidade eleitoral dentro das regras em curso, especialmente o horário de televisão, o espaço que viabiliza o diálogo do candidato e do partido com a população.
PRIORIDADE
A viabilidade da candidatura já está em marcha. A presença do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na última semana, em reunião com deputados e a executiva em Porto Alegre, garantiu as conversações com outros partidos no cenário nacional. Os movimentos do PDT na eleição presidencial terão a candidatura própria do PDT no Rio Grande do Sul como prioridade, assegurou o ex-ministro do Trabalho, certeza que fez o deputado Vieira da Cunha assumir a candidatura e em Camaquã, onde fez sua primeira manifestação ao partido, assegurou: “Coloco meu nome como pré-candidato agora mas garanto que se for a vontade do partido, estarei pronto na convenção partidária para disputar o governo do Estado”. Segundo Vieira, que é presidente do Diretório Metropolitano e articulou as composições internas na eleição de José Fortunati, “nenhum outro partido tem a identidade histórica do PDT com a educação, a reforma agrária, os trabalhadores”. A resistência dos gaúchos em repetir governos aumenta a confiança de que, para o PDT, a candidatura própria vai permitir que a proposta trabalhista, duas décadas depois do governo de Alceu Collares, venha a ser retomada no Palácio Piratini. Temas estruturantes do Estado, como educação, desenvolvimento e resgate da eficiência da administração pública entraram nos discursos partidários. Também indicado para a disputa, o secretário do Gabinete dos Prefeitos, Afonso Motta, disse que o reconhecimento público do PDT nas últimas eleições credencia a legenda para assumir a defesa do seu patrimônio político e dialogar com a sociedade através da candidatura própria. Defensor de um projeto que atualize as referências históricas de Getúlio, Jango e Brizola através de um discurso moderno, ele pondera que “o crescimento do nosso projeto político passa por esse posicionamento em 2014”. Secretário de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe entende que o discurso deve sintetizar o anseio das comunidades, especialmente em temas como segurança pública, educação e infraestrutura.
Em Camaquã, no sábado (13), na sede partidária ao lado da prefeita de Arambaré, Joselane Becker, e de Tapes, Silvio Rafaeli, o vice-presidente do PDT, Pompeo de Mattos disse que a atual conjuntura partidária foi projetada em 2010, nas negociações que resultaram na candidatura do PDT na chapa de José Fogaça, onde ele disputou como candidato a vice-governador. “Ali nós viabilizamos a candidatura de Fortunati, que era vice-prefeito e assumiu a prefeitura”. Ele defende o protagonismo do PDT na disputa do próximo ano.
COERÊNCIA Também a bancada estadual acompanhou os debates em Pelotas e Camaquã. O líder da bancada, deputado Gerson Burmann, entende que a candidatura em 2014 é estratégica para viabilizar 2018, mas pede coerência para uma eventual coligação. “Nesse caso, temos que continuar alinhados com o PT”, referindo-se a presença do PDT no governo de coalizão de Tarso Genro, com três secretarias e a vice-presidência do Banrisul. A deputada Juliana Brizola também apoia a candidatura, mas mantém a linha crítica de cobrança de um projeto mais definido do partido e atuação vigorosa nas questões sociais. O deputado Gilmar Sossella destaca a linha de atuação da bancada na Assembleia Legislativa em questões como a garantia do modelo dos pedágios comunitários, a aprovação da EGR ou a construção dos acessos asfálticos municipais. “A bancada mantém a unidade nas votações dos projetos do governo”, lembrou.
Estratégia regional para as candidaturas proporcionais
As candidaturas proporcionais do PDT também fazem parte da estratégia para aumentar a representação legislativa. Segundo Romildo Bolzan Júnior, “a orientação é que as coordenadorias priorizem as candidaturas de ex-prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças da comunidade, objetivando uma nominata com expressiva representação política e social”.Também nas listas proporcionais vai se refletir a eleição municipal de 2012: com cinco vereadores do PDT entre os 10 mais votados de Porto Alegre, pelo menos dois, Márcio Bins Ely e Claudio Janta, estão participando das reuniões regionais como pré-candidatos a deputado estadual e federal. Os dois estão estimulando as candidaturas regionais. A estratégia em Porto Alegre para a eleição proporcional está motivando a formação da lista do PDT para 2014. Ao participar no sábado (13), do encerramento da convenção feminina do PDT, em Porto Alegre, Bolzan voltou a orientar para que as mulheres trabalhem candidaturas viáveis em 2014. Atualmente, o PDT tem sete deputados estaduais e três federais.
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