quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tarso Genro deixa hoje Ministério da Justiça para disputar governo do RS; secretário-executivo assume pasta

Do UOL Notícias
Em São Paulo

A partir de hoje (10) o Brasil passa a ter dois ministros com nome e sobrenome iguais, mas com funções bem diferentes. Luiz Barreto, o novo ministro da Justiça, passa a compartilhar com Luiz Barreto, titular do Turismo, o primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Luiz Barreto - do Ministério da Justiça - é secretário-executivo da pasta comandada por Tarso Genro, que retorna a Porto Alegre para se dedicar à disputa ao governo do Rio Grande do Sul pelo PT.

Barreto era a escolha automática de Lula por já fazer parte da estrutura do ministério. Tarso, embora não desaprove a nomeação, preferia o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), a quem apoiou em outras oportunidades, entre elas, à presidência da sigla.

O critério da continuidade deve ser usado por Lula nas demais pastas em saídas anunciadas para as eleições 2010. É o caso da ministra Dilma Rousseff, que disputará a sucessão de Lula e deverá ser substituída pela atual secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.

"Quando solicitei ao presidente [Lula] que me liberasse para uma nova tarefa política tão importante, ele relutou. Mas chegou um momento em que ele resolveu me liberar e me disse que a linha política, jurídica, institucional e programática do Ministério da Justiça, de todos os ângulos, não mudaria uma linha", disse Tarso na quinta (4), durante abertura da 33ª Caravana da Anistia, em São Paulo.

Tarso é o primeiro ministro a deixar o governo para disputar a eleição. Além dele, pelo menos outros 15 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos no Legislativo, nos Executivos estaduais, e a Presidência da República.

Barreto e Tarso divergiram sobre Battisti

Barreto é funcionário de carreira do ministério, onde preside o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), que decidiu sobre a concessão de refúgio político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti. No caso, uma das maiores polêmicas na gestão de Tarso, o comitê e Barreto opinaram contra o refúgio, posição que Tarso não levou em conta quando decidiu conceder o benefício.

Como ministro interino da Justiça em maio de 2004, assinou o cancelamento do visto temporário do então correspondente do New York Times, Larry Rother, no Brasil, "em face de reportagem leviana, mentirosa e ofensiva à honra do presidente da República Federativa do Brasil, com grave prejuízo à imagem do país no exterior”. Rother assinava reportagem sobre o suposto hábito alcoólico do presidente Lula. Márcio Thomaz Bastos --titular da Justiça à época--, que mais tarde nomearia Barreto à secretaria-executiva, estava na Suíça.

Também atuou como presidente do CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual), na Divisão de Nacionalidade e na Divisão de Permanência de Estrangeiros do ministério, além de diretor do Departamento de Estrangeiros a pasta.

Segundo a coluna Painel, da "Folha de S.Paulo", Barreto foi vetado quando Lula o indicou ao Superior Tribunal Militar em 2006. Naquele ano, a OAB argumentou que ele tinha se filiado à entidade havia poucos meses --e um dos requisitos era ter experiência como advogado.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.