segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Coordenadoria de Ijuí decide por candidatura própria no RS


A tendência que se verificava acabou confirmada: a grande maioria dos líderes presentes – pelo menos dez municípios estavam representados - na reunião realizada ontem, na Câmara de Vereadores de Ijuí, pela Coordenadoria Regional do Noroeste Colonial pediu candidatura própria do PDT para governador em 2014. 

Além do presidente do partido Romildo Bolzan Jr e do deputado estadual Gerson Burmann, o debate trouxe a Ijuí outros nomes igualmente expressivos do partido como os deputados Vieira da Cunha, Giovani Cherini, Gilmar Sossella, ex-prefeito de Santo Ângelo, Eduardo Loureiro, Afonso Mota, Salete Roszkoswki, da AMT, Flávio Lammel e  vereador de Porto Alegre, Márcio Bins Ely, que foram recepcionados pelo presidente da Executiva Municipal, Agustinho Berlesi, pelo prefeito Fioravante Batista Ballin, pelo ex-prefeito Valdir Heck, pelo presidente da Câmara, Chico Seifert, pelo presidente da Coordenadoria Regional, vereador Darci Pretto da Silva, pelo prefeito de Coronel Barros Senio Kirst e ex-deputado Pompeo de Mattos.

Ao abrir a reunião de trabalho, o presidente Estadual, Romildo Bolzon Jr disse que vem fazendo uma série de encontros, em todas as coordenadorias, para definir a estratégia do partido nas próximas eleições. “Mais tarde vamos discutir como vamos nos apresentar para a população, pois o país vive um momento muito importante e temos que interpretar os movimentos das ruas”, disse.  Imediatamente após, o presidente do PDT de Ijuí, Agustinho Berlesi defendeu candidatura própria. Segundo ele, o partido tem que se fortalecer e para isso deve ser protagonista. “Temos que encarar com seriedade nosso papel  e deixar de ser coadjuvantes nos processos eleitorais”, afirmou.  Na mesma linha de pensamento, Afonso Motta reforçou a importância do partido e de suas bandeiras para a construção de uma sociedade mais justa. “O PDT tem história, tem vida no olhar”, disse. Mas segundo ele, é preciso passar da vontade à responsabilidade, trabalhar para transformar essa vontade numa condição que permita essa candidatura.
A presidente da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), Salete Roszkoswki, também defendeu a candidatura própria, mas com responsabilidade.  Para Márcio Bins Ely, vereador mais votado em Porto Alegre, o PDT se constitui hoje na melhor alternativa para o Estado. Mesma posição tem o deputado Cherini, segundo ele,  com 70 prefeitos, 70 vice-prefeitos e centenas de vereadores, o PDT  é um partido que tem força. “O 12 vai voltar ao governo do Estado, para o bem da Saúde, para o bem da Educação”, disse. E foi além: segundo ele, não se pode esquecer a agricultura, que é estratégica para o partido. 
“A participação da mulher e da juventude, precisa ser fortalecida” disse o prefeito de Ijuí, Fioravante Ballin ao defender a candidatura própria. Segundo ele, primeiro é preciso querer, ter vontade, depois é necessário fazer. “Time que não joga, não tem torcida” argumentou, fazendo referência mais uma vez, à necessidade de o PDT deixar os papéis secundários e ser protagonista no processo eleitoral.
De acordo como ex-deputado Pompeo de Mattos, a vitória do PDT nas duas principais cidades do Estado – Porto Alegre e Caxias – deu visibilidade ao PDT e às suas propostas. Esse foi, na visão dele, o começo da construção de uma candidatura própria ao governo do Estado. “Não podemos nos apequenar, precisamos ter maturidade”, disse. Segundo Pompeo o que o povo está pedindo nas ruas é “transparência, cara limpa, e isso nós temos. Vamos disputar. Precisamos trabalhar para crescer. Vamos fazer história e não contar a história dos outros”, resumiu.
O ex-prefeito Valdir Heck lembrou que o PDT tem condições para governar o Estado e também tem nomes homens sérios que estão à disposição do partido como candidatos, que sintonizam com aquilo que vem das ruas que é o apelo pelo fim da corrupção. “A corrupção nesse país é um horror!” reiterou. Mas segundo ele, é preciso aprofundar o debate, porque as ruas colocaram outras questões também e combateu os excessos da burocracia que engessa as administrações públicas e deixa os prefeitos praticamente imobilizados. “A burocracia dificulta a realização das obras”, disse.
Valdir Heck lembrou também que as ruas falaram sobre a educação, sobre a saúde. “O Brasil precisa tomar outro rumo”, afirmou e, na condição de prefeito que fora reeleito, também se colocou firmemente contrário à reeleição.
O também ex-prefeito Eduardo Loureiro, de Santo Ângelo, disse que Ijuí é uma referência para todos os trabalhistas, tendo em vista sua expressiva supremacia nas últimas décadas, já que nos últimos anos só deixou de ser governo numa gestão. “De 1982 até aqui ficamos só uma gestão fora da prefeitura”, disse. E, segundo ele, como governou Ijuí com resultados extraordinários, o PDT serve de exemplo para o Estado. “Serve de modelo para todos nós”, assegurou.
Avaliar os protestos é fundamental também na visão do vice-presidente do Banrisul, Flávio Lammel. “Como eu gostaria de estar nas ruas( mas bandeiras partidárias não eram aceitas nos movimentos)”, disse com o entendimento de quem compreende a indignação que a população vem sentindo. “(...) porque a maior parte de nós está indignada com o que está acontecendo nesse país e no Estado”, disse.
Para o presidente da Câmara de Ijuí, vereador Chico Seifert o momento é agora e não dá mais para adiar a candidatura própria ao governo do Estado. “Eu quero carregar o 12 na próxima eleição. O PDT tem que governar. Temos governado Ijuí com avanços. Queremos que o mesmo desempenho que o PDT tem em Ijuí possa se repetir no Estado”, afirmou.
O deputado federal Vieira da Cunha lembrou que no próximo ano, o PDT pode marcar os dez anos da morte da Leonel Brizola, homenageando-o com o lançamento de uma candidatura própria. “Vamos marcar a convenção para o mesmo dia, porque essa é a maior homenagem que podemos fazer a Brizola”, disse. Vieira, disse que o objetivo não é desmerecer ninguém, que o PDT participa do atual governo. “Mas achamos que podemos oferecer mais para os gaúchos”, argumentou. Segundo ele, já está na hora de o trabalhismo voltar a governar o Rio Grande. Desde o ex-governador Collares, muitos partidos se sucederam no Estado, sem avanços significativos.
Por fim, o deputado Gerson Burmann também se posicionou favoravelmente à candidatura própria e, assim como Pompeo de Mattos, avalia que o PDT saiu fortalecido das eleições municipais no ano passado. “Nós defendemos bandeiras que são fundamentais como o repasse do 12% para a saúde. Tivemos que fazer cortes em outros setores, compramos briga feia com o Ministério Público e com a própria Assembleia, para garantir isso”, disse.
Gerson disse ainda que medidas adotadas com o intuito de garantir receitas para o Estado, que prejudiquem o pequeno jamais terão apoio da bancada do PDT. O deputado lembrou também que o Rio Grande tem a tradição de não reeleger ninguém e essa tendência deve ser levada em consideração.
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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.