domingo, 27 de junho de 2010

Collares defende apoio a Tarso e Paim (Coronel Paim)

Do Blog do Brizola Neto

Se alguém no PDT gaúcho tem motivos para ter mágoas do PT, esse alguém seria Alceu Collares. Mas o velho “negrão” que, do menino que vendia laranjas em Bagé, tornou-se um grande líder do trabalhismo, continua firme, nos seus 82 anos, e nunca se amesquinha na hora de decidir o caminho para o nosso povo. Com a grandeza de quem coloca causas acima da mesquinhez, ele defende o apoio do PDT a Tarso Genro e Paulo Paim, e vai defendê-lo até a convenção do partido.

Posto aí abaixo a entrevista que ele deu ao Terra Magazine:

Terra Magazine – O senhor vai mesmo votar em Paulo Paim (PT) para o Senado?
Alceu Collares - Sim. Estamos montando um grupo, e vou fazer, sim, um movimento para o Paim.

Abrir o voto não lhe causa problemas no PDT? Afinal, o partido está coligado com o PMDB e tem José Fogaça (PMDB) como candidato ao governo.
Mas o PDT não tem candidato ao Senado. Nem está cogitando o Senado. Nesta fase, até a convenção, todos temos liberdade. Minha tese, inclusive, era a da candidatura própria. Se na convenção decidirem pelo Fogaça, então eu serei Fogaça para o governo.

E para o Senado seu candidato continuará sendo Paim depois da convenção?
Sim, será ele.

Nas reuniões partidárias o senhor defende que a prioridade para o PDT deve ser a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a presidência, acima da eleição estadual, na qual o PDT indicou o vice, o deputado Pompeo de Mattos, na chapa de Fogaça. Por que priorizar Dilma?
Porque é o mais importante. Eu defendo o lulismo, que está acima do Lula e da Dilma, é um movimento de transformação política, econômica e social. Se o José Serra (PSDB) vencer, vai repetir o Fernando Henrique Cardoso. Eles eram de esquerda, mas foram para um partido de direita. Aliás, ainda temos uma questão para discutir aqui no Rio Grande do Sul, que é se o Fogaça vai ou não apoiar a Dilma. Porque, se não houver esse acerto, não sei qual vai ser a reação do PDT. Nosso partido integra o governo federal e a prioridade para o PDT nacional é a Dilma. Já aqui somos vice, vice com o Fogaça. Agora eu sugiro que se faça uma charge perguntando onde é que está a obra do Fogaça.

Na sua avaliação, a eleição para o governo do Rio Grande do Sul será muito disputada?
Sempre é. Vai ser Fogaça x Tarso. A Yeda (a governadora Yeda Crusius, do PSDB, que tentará a reeleição) errou muito. Começou errando o vice (Paulo Feijó, do DEM). Quem tem um vice daqueles não precisa de inimigos.

O PDT está dividido entre Fogaça e Tarso, apesar da definição da aliança com o PMDB?
O movimento dos que preferem o Tarso é forte.

A que o senhor atribui esse movimento?
Acho que é a tese que eu defendo. Ou é esquerda ou é direita. E quem vai com Yeda, com Fogaça, é direita.

Aliás, vem do Sul também a notícia de que o DEM, através do seu líder Onyx Lorenzoni, procura desesperadamente outro palanque para Serra no Rio Grande. Teme, não sem razão, que o palanque de campanha da tucana Yeda Crusius seja, de fato, um caixão, com direito a marcha fúnebre como jingle.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.