sábado, 7 de maio de 2016

CAR atinge mais de 80% da área prevista




Nos últimos cinco dias, 16,2 milhões de hectares foram incluídos no sistema. Região Norte fecha 100% do Cadastro Ambiental Rural.
O Sistema de Cadastramento Ambiental (Sicar) já é o maior banco de dados de base territorial do mundo. Com 352 milhões de hectares cadastrados na quinta-feira (05/05), atinge 82% da área passível de cadastro no país. O banco de dados torna-se, assim, uma radiografia minuciosa das florestas, bacias hidrográficas, biodiversidade  e uso da terra no Brasil.  “Estamos revelando um novo Brasil”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Ela anunciou, nesta sexta-feira (06/05), os novos números do CAR, salientando que o prazo foi estendido apenas para os pequenos produtores. Informou, também, que caso passe a emenda em tramitação no Congresso, prorrogando o período de inscrições para todos, irá recomendar o veto à presidenta Dilma Rousseff. Segundo ela, o que motivou a alteração foi a situação das pequenas propriedades, principalmente no Nordeste e o fato de eles aderirem prontamente.

A região Norte tem toda a sua área cadastrada, com 100% de registro. Em seguida vem o Sudeste, 80,88%. A região Sul, que vinha com os menores percentuais, chegou a 64,74%, superando o Nordeste, que tem 59,44%.

Veja o Boletim Informativo acessando este link: [LINK] http://www.florestal.gov.br/cadastro-ambiental-rural/numeros-do-cadastro-ambiental-rural [/LINK]

Esses dados mostram com mais precisão a realidade fundiária e ambiental brasileira e surpreendem por revelarem uma área conservada de floresta que pode ser do mesmo tamanho da que o Brasil destina a Unidades de Conservação. Quase 97 milhões de hectares até agora.

Se for considerado os dados oficiais do Censo Agropecuário de 2006, do IBGE, o CAR atingiu 97% da área cadastrável.

RETRATO INÉDITO

O Governo Federal já havia mapeado a situação em terras públicas, mas pela primeira vez tem um retrato da situação das áreas de preservação ambiental, reservas legais e áreas de uso restrito em terras privadas.  O diagnóstico georreferenciado, em princípio voltado para a área ambiental, permitirá também ao setor produtivo contar com dados para a gestão das atividades produtivas relacionadas a terra.

Com a ampliação do prazo para os pequenos produtores até 5 de maio de 2017, o sistema entra em manutenção após registrar, em março e abril, 57 milhões de hectares. Os dados do Sicar surpreendem pelo detalhamento, chegando a registrar o número de nascentes do país, bacias e microbacias, áreas remanescentes e até a estrutura fundiária por município. “Ninguém tem isso no mundo”, comemorou o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará Filho.

Entre março e abril, a expectativa de vencimento do prazo, previsto inicialmente para 5 de maio de 2016, levou o sistema a registrar, em apenas cinco dias, mais de 16 milhões de hectares. O pico de acessos foi de 2 milhões de hectares inscritos no período de uma hora. O SFB incluiu, também, 27 milhões de hectares em áreas protegidas e 43 milhões de assentamentos da Reforma Agrária.

O que mais chamou a atenção dos técnicos que operam o sistema é que 54% dos cadastrados com passivo ambiental a restaurar aderiram ao Programa de Recuperação Ambiental (PRA). Para Deusdará, isso demonstra que os proprietário rurais “estão interessados em regularizar sua situação ambiental.”  Agora, o Sicar estará em manutenção nos próximos dias.

MMA

Postado por: Ygor I. Mendes

Nenhum comentário:

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.