segunda-feira, 19 de maio de 2014

11 dos 15 nomes para eleições majoritárias já estão definidos

 Últimas peças do quebra-cabeça

Vagas restantes para eleições majoritárias gaúchas dependem de alianças

19/05/2014 | 05h01
Com cinco chapas confirmadas para as eleições majoritárias no Rio Grande do Sul, 11 dos 15 nomes que disputarão os cargos de governador, vice-governador e senador já estão definidos. Como restam poucas peças indecisas no tabuleiro, as nominatas e alianças partidárias devem estar completas nos próximos dias, antes do período destinado às convenções de oficialização das candidaturas, entre 10 e 30 de junho.

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A chapa encabeçada pelo PT está com as três vagas no pleito majoritário preenchidas. O governador Tarso Genro, candidato à reeleição, será acompanhado por um vice do PTB.
A sigla deve confirmar nos próximos dias o nome do deputado estadual Luis Augusto Lara, que chegou a apresentar algumas restrições à indicação, atitude interpretada por correligionários como uma tentativa de "valorizar o passe". Para o Senado, Emília Fernandes foi indicada pelo PC do B, aliado de Tarso desde 2010.
Do lado peemedebista, já é considerada certa a adesão do PSD, que, até o momento, sinalizava com a possibilidade de lançar o empresário José Paulo Cairoli ao Piratini. O ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori (PMDB) será o candidato ao governo estadual, tendo Cairoli, ex-presidente da Federasul, como possível vice. A coligação terá o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) disputando a cadeira de senador.
Assim como o PMDB, as outras três chapas têm uma vaga aberta cada. A senadora Ana Amélia Lemos (PP) confirmou o Solidariedade e o PSDB como principais apoiadores. Embora o PP fale em postergar as decisões para não fechar portas a novos aliados, está consolidada a indicação do deputado estadual Cassiá Carpes (Solidariedade) para o posto de vice.
O PP convidou o deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB) para ser o candidato ao Senado. Ele ainda não respondeu, mas está inclinado a aceitar.
Apoiados pelo DEM, o deputado Vieira da Cunha e o comunicador Lasier Martins concorrerão pelo PDT, respectivamente, ao Piratini e ao Senado, restando o cargo de vice em aberto. O posto poderá ser preenchido pelo PSC, com a indicação de Flávio José Gomes, vice-presidente da Fecomércio. A candidatura mais à esquerda será encabeçada pelo professor Roberto Robaina (PSOL). A sigla ainda negocia o ingresso do PCB, que indicaria o vice. Para o Senado, está confirmado o nome do professor Júlio Flores (PSTU).
Candidatos começam a definir equipes
Com a composição das chapas majoritárias encaminhadas, os candidatos ao Palácio Piratini e ao Senado analisam a formação dos núcleos estratégicos de campanha.A equipe com mais nomes definidos até agora é a de Tarso Genro. O presidente do PT estadual, Ary Vanazzi, será o coordenador-geral da candidatura do governador à reeleição e também da campanha da presidente Dilma Rousseff no Rio Grande do Sul.
No início de junho, pelo menos três secretários de Estado do PT deixarão o governo para se dedicarem à eleição: Carlos Pestana (Casa Civil) será o coordenador executivo da campanha, Marcelo Danéris (Conselhão) comandará a equipe do plano de governo e João Ferrer (Comunicação) estará à frente do time de assessoria de imprensa, redes sociais e propagandas de TV e rádio. Já o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, será o coordenador da candidatura de Tarso na Região Metropolitana.
Presidente estadual do PP, Celso Bernardi afirma que as indicações para a cúpula que conduzirá a campanha de Ana Amélia Lemos serão debatidas após o lançamento oficial da candidatura. Nos bastidores, é considerada certa a nomeação de Marco Aurélio Ferreira para a coordenação geral. Vinculado ao PP de Ijuí, Ferreira é chefe de gabinete da senadora.
No PMDB, o ex-deputado Ibsen Pinheiro, que conduziu as negociações de alianças, deverá assumir papel de mentor político. As outras funções seguem indefinidas.
Vieira da Cunha (PDT) recrutou Enilto José dos Santos, ex-superintendente-geral da Assembleia, para ser o coordenador de campanha. No time de Roberto Robaina (PSOL), um dos nomes mais cotados é o do vereador Pedro Ruas.
OS CANDIDATOS
Ana Amélia Lemos
- Com a confirmação dos apoios de PSDB e Solidariedade, o PP ainda tenta fechar com PV e PSC.
- Para confirmar o apoio do PSC, teria de ser aberto espaço para a sigla indicar o candidato ao Senado, mas o PP já convidou Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Ana Amélia ainda teria de abrir o palanque ao presidenciável Pastor Everaldo (PSC).
- A chapa será lançada no dia 24, com a presença de Aécio Neves (PSDB) e do presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva.
José Ivo Sartori (PMDB)
- O PMDB deverá confirmar o apoio de PSB, PSD e PPS. Quatro siglas que se uniram ao PSD em bloco deverão ser agregadas: PSDC, PT do B, PHS e PSL.
- Há negociação com o PRB. A sigla está mais propensa a apoiar Tarso, mas existe dificuldade para fechar uma aliança para a eleição proporcional com os demais parceiros do PT.
- A convenção está marcada para 29 de junho. Um evento de lançamento da candidatura, com a presença de Eduardo Campos e Marina Silva, ambos do PSB, está sendo organizado.
Roberto Robaina (PSOL)
- A vaga de vice da chapa poderá ser destinada ao PCB, mas os comunistas ameaçam lançar candidato ao Piratini. O aliado confirmado até o momento é o PSTU.
- A aliança entre PSOL, PSTU e, possivelmente, PCB será chamada de Frente de Esquerda. A ex-deputada Luciana Genro (PSOL) será candidata a vice na chapa de Randolfe Rodrigues.
- A data da convenção e lançamento das candidaturas não está marcada, mas deverá ser na segunda quinzena de junho.
Tarso Genro
- Além de PTB e PC do B, Tarso deverá contar com PR, PPL e PTC.
- O PRB condiciona a sua participação à confirmação de uma aliança com PTB e PC do B nas eleições para deputado estadual e federal.
- São concretas as possibilidades de o PROS apoiar Tarso. A decisão será tomada pela direção nacional do partido, que, na disputa presidencial, já optou por Dilma.
- A chapa será lançada em pré-convenção no dia 7 de junho.
Vieira da Cunha
- O PDT está em negociações com o PSC, que pretende indicar Flávio José Gomes, vice-presidente da Fecomércio, para ser o companheiro de chapa de Vieira da Cunha.
- O DEM é o único partido que, até o momento, confirmou aliança com os pedetistas. Nacionalmente, o DEM está com Aécio Neves (PSDB).
- A convenção e o lançamento da chapa ocorrerão no dia 21 de junho, em São Borja, na data em que serão lembrados os 10 anos da morte de Leonel Brizola.
Posição em relação à disputa presidencial
Ana Amélia Lemos – Apoiará a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) no Rio Grande do Sul.
José Ivo Sartori – Na contramão do PMDB nacional, que apoia Dilma, estará com Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco.
Roberto Robaina – Estará ao lado do senador Randolfe Rodrigues (PSOL).
Tarso Genro – Será o palanque da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
Vieira da Cunha – Obteve aval da direção nacional do PDT – que deverá apoiar Dilma – para abrir o palanque a candidatos de partidos aliados. Poderá receber Pastor Everaldo (PSC) e até mesmo Aécio Neves (PSDB), caso seja solicitado pelos aliados do DEM.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.